Quistos Ovarianos e Fertilidade: Tudo o Que Deve Saber

Quistos Ovarianos e Fertilidade: Tudo o Que Deve Saber
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  • Julho 13, 2025
  • 3 Minutos de Leitura

Quistos Ováricos e Fertilidade

Os quistos nos ovários são formações cheias de líquido que podem surgir durante o ciclo menstrual. Na maioria dos casos, são benignos, transitórios e nem sequer causam sintomas. No entanto, existem situações em que podem crescer mais do que o habitual, interferindo com a saúde ginecológica e até com a fertilidade.

É comum ter quistos nos ovários?

Sim. A presença de quistos funcionais — os mais frequentes — está associada ao próprio processo de ovulação. O organismo forma estas pequenas bolsas para libertar o óvulo, e normalmente reabsorve-as de forma natural. Contudo, quando um quisto persiste, aumenta de tamanho ou causa desconforto, deve ser vigiado por um profissional de saúde.

Quando é que um quisto pode afectar a fertilidade?

Apesar de muitos quistos não representarem qualquer risco para quem deseja engravidar, alguns estão ligados a patologias que podem dificultar a concepção. Nestes casos, é a condição subjacente que prejudica a fertilidade, e não tanto o quisto em si.

🔸 Endometriose

Esta doença provoca o crescimento de tecido semelhante ao endométrio fora do útero, podendo originar quistos chamados endometriomas. Além de causarem dor, estes quistos estão associados a inflamação pélvica crónica, alterações na anatomia reprodutiva e menor capacidade de implantação do embrião.

🔸 Síndrome dos Ovários Poliquísticos (SOP)

Caracteriza-se pela presença de múltiplos microquistos nos ovários e por desequilíbrios hormonais que dificultam a ovulação regular. Mulheres com SOP podem ter ciclos menstruais irregulares e, consequentemente, mais dificuldade em engravidar naturalmente.

É sempre necessário tratar os quistos?

Nem sempre. Muitos quistos desaparecem por si só e apenas requerem vigilância através de ecografia. No entanto, quando se verifica crescimento excessivo, risco de rutura, torção do ovário ou suspeita de malignidade, pode ser necessário intervir cirurgicamente.

As abordagens cirúrgicas mais comuns são:

  • Laparoscopia – Técnica minimamente invasiva, com pequenas incisões, ideal para quistos de menor dimensão e sem características preocupantes.
  • Laparotomia – Utilizada em casos mais complexos, nomeadamente quando o quisto é grande ou há suspeita de cancro. Implica uma incisão abdominal maior e um tempo de recuperação mais longo.

Como proteger a sua fertilidade?

Manter um acompanhamento ginecológico regular é essencial para detectar precocemente alterações nos ovários. Com o devido seguimento clínico, é possível tratar a maioria dos casos sem comprometer a fertilidade.

Se tem sintomas como dor pélvica persistente, irregularidades menstruais ou antecedentes de quistos, não adie a consulta. O diagnóstico precoce faz toda a diferença.

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