Hormona Luteinizante (LH): O que é e quando fazer o Exame

Hormona Luteinizante (LH): O que é e quando fazer o Exame
  • Blogue
  • Julho 30, 2025
  • 3 Minutos de Leitura

 

Hormona Luteinizante (LH): o que é, funções e quando pode estar alterada

O que é a hormona luteinizante (LH)?

A hormona luteinizante, conhecida pela sigla LH, é uma glicoproteína produzida pela hipófise anterior (ou pituitária), localizada na base do cérebro. Esta hormona desempenha um papel essencial no sistema reprodutor, tanto em homens como em mulheres.

Nas mulheres, o LH está envolvido na maturação dos folículos, desencadeia a ovulação e estimula a produção de progesterona pelos ovários. Nos homens, actua sobre as células de Leydig dos testículos, promovendo a produção de testosterona, indispensável para a espermatogénese.

Para que serve o doseamento da LH?

A medição dos níveis de LH no sangue é frequentemente utilizada para:

  • Avaliar causas de infertilidade em ambos os sexos;
  • Monitorizar a função ovárica e a ovulação;
  • Identificar a menopausa ou menopausa precoce;
  • Diagnosticar disfunções da hipófise ou do hipotálamo;
  • Determinar a presença de puberdade precoce ou tardia em crianças;
  • Auxiliar na identificação da Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP);
  • Avaliar a função testicular.

O doseamento de LH é frequentemente solicitado em conjunto com outras hormonas reprodutivas, como o FSH (hormona folículo-estimulante) e, em alguns casos, o GnRH (hormona libertadora de gonadotropina), para uma análise mais completa do eixo hipotálamo-hipófise-gónadas.

Valores de referência da LH

Os valores de referência da LH variam conforme a idade, o sexo e, no caso das mulheres, a fase do ciclo menstrual:

  • Crianças pré-púberes: < 0,15 U/L
  • Homens adultos: 0,6 a 12,1 U/L
  • Mulheres:
    • Fase folicular: 1,8 a 11,8 U/L
    • Pico ovulatório: 7,6 a 89,1 U/L
    • Fase lútea: 0,6 a 14,0 U/L
    • Menopausa: 5,2 a 62,9 U/L

Estes valores são indicativos e podem variar ligeiramente consoante o laboratório. A interpretação deve ser sempre feita por um médico, tendo em conta o contexto clínico e outros exames complementares.

LH baixa: o que pode significar?

Uma concentração diminuída de LH pode estar associada a:

  • Disfunção hipofisária (hipopituitarismo);
  • Défice de produção de GnRH pelo hipotálamo;
  • Síndrome de Kallmann (doença genética que afecta a produção de GnRH);
  • Hiperprolactinemia (excesso de prolactina, que inibe a secreção de LH e FSH).

Nas mulheres, o LH baixo pode levar à ausência de ovulação e amenorreia (ausência de menstruação). Nos homens, pode resultar em hipogonadismo, com redução da produção de espermatozoides e de testosterona.

LH elevada: possíveis causas

Valores elevados de LH podem indicar:

  • Menopausa ou menopausa precoce;
  • Insuficiência ovárica ou testicular (falência das gónadas);
  • Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP);
  • Tumores hipofisários (por aumento da secreção de GnRH);
  • Puberdade precoce em crianças.

Durante a gravidez, o hormónio hCG (gonadotrofina coriónica humana) pode interferir nos testes de LH, apresentando níveis aparentemente elevados, embora esta elevação não tenha implicações clínicas negativas.

Considerações finais

A avaliação da hormona luteinizante é uma ferramenta essencial na investigação da saúde reprodutiva e na detecção de distúrbios hormonais. No entanto, o seu resultado isolado raramente é suficiente para um diagnóstico. É fundamental recorrer à avaliação médica especializada, que poderá solicitar exames complementares e orientar o tratamento adequado, quando necessário.

Se tem dúvidas quanto ao resultado do seu exame ou apresenta sintomas como alterações menstruais, dificuldades para engravidar ou alterações hormonais, consulte o seu médico assistente ou um endocrinologista para uma avaliação completa.

PARTILHAR ARTIGO
× Como podemos ajudar ? Available from 09:30 to 21:00 Available on SundayMondayTuesdayWednesdayThursdayFridaySaturday